domingo, 9 de novembro de 2014

Cultura Surda


Cultura surda é o jeito de o sujeito surdo entender o mundo e de modificá-lo a fim de se torná-lo acessível e habitável ajustando-os com as suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades surdas e das “almas” das comunidades surdas. Isto significa que abrange a língua, as idéias, as crenças, os costumes e os hábitos de povo surdo.





Deficiente auditivo, surdo ou surdo-mudo?



O surdo-mudo é a mais antiga e inadequada denominação atribuída ao surdo, e infelizmente ainda utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação. Para eles, o fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A mudez significa que a pessoa não emite sons vocais. Para a comunidade surda, o deficiente auditivo não participa de Associações e não sabe Libras. O surdo é aquele que tem a Libras como sua língua.





Compreendendo o mundo surdo.



Por anos, muitos têm avaliado de forma depreciativa o conhecimento pessoal dos surdos. Alguns acham que os surdos não sabem praticamente nada, porque não ouvem nada. Há pais que super protegem seus filhos surdos ou temem integrá-los no mundo dos ouvintes ou mesmo no mundo dos surdos. Outros encaram a língua de sinais como primitiva, ou inferior, à língua falada. Não é de admirar que, com tal desconhecimento, alguns surdos se sintam oprimidos e incompreendidos.

Em contraste, muitos surdos consideram-se “capacitados”. Comunicam-se fluentemente entre si, desenvolvem auto-estima e têm bom desempenho acadêmico, social e espiritual. Infelizmente, os maus-tratos que muitos surdos sofrem levam alguns deles a suspeitar dos ouvintes. Contudo, quando os ouvintes interessam-se sinceramente em entender a cultura surda e a língua de sinais, e encaram os surdos como pessoas “capacitadas”, todos se beneficiam.



Comunicação visual



Para estabelecer uma boa comunicação com uma pessoa surda é importante o claro e apropriado contato visual entre as pessoas. É uma necessidade, quando os surdos se comunicam. De fato, quando duas pessoas conversam em língua de sinais é considerado rude desviar o olhar e interromper o contato visual.

E como captar a atenção de um surdo?

Em vez de gritar ou falar o nome da pessoa é melhor chamar sua atenção através de um leve toque no ombro ou no braço dela, acenar se a pessoa estiver perto ou se estiver distante. Dependendo da situação, pode-se dar umas batidinhas no chão (ele poderá sentir a vibração através do corpo) ou fazer piscar a luz. Então, converse com o surdo olhando em seus olhos.

Para se fazer entender, não se envergonhe de apontar, desenhar, escrever ou dramatizar. Utilize muito suas expressões faciais e corporais. Tais recursos são importantes quando não há ainda domínio da língua de sinais.

Esses e outros métodos apropriados de captar a atenção dão reconhecimento à experiência visual dos Surdos e fazem parte da cultura surda. Aprender uma língua de sinais não é simplesmente aprender sinais de um dicionário.

Muitos aprendem diretamente com os que usam a língua de sinais no seu dia-a-dia — os surdos. Em todo o mundo, os surdos expandem seus horizontes usando uma rica língua de sinais.





O surdo difere do ouvinte, não apenas porque não ouve, mas porque desenvolve potencialidades psico-culturais próprias.

Filme: E o seu nome é Jonas


O filme foi lançado em 1979 nos EUA, e embora tenha sido produzido a um tempo considerável, as barreiras apresentadas ainda são presentes. Muitas vezes nos prendemos no nosso mundinho, com uma visão tão fechada e não atentamos para as diferenças das pessoas ou não as valorizamos.

Ele retrata várias situações de rejeição, entre elas a da sociedade - o preconceito - a falta de informação da família e a da sociedade daquela época, dos médicos que erram no diagnóstico e o principal de tudo, ausência de informação e conhecimento sobre a criança surda e sua adaptação ao meio social.
A mãe preocupada em resgatar o tempo perdido de Jonas num hospital para "retardados" (termo utilizado na época para pessoas com deficiência intelectual), encontra pela frente vários obstáculos, entre eles: seu marido , um homem sem um posicionamento afetivo e moral que amparasse a esposa nesta caminhada cheia de espinhos e preconceitos social.
O primeiro método foi o adotado foi o oralismo, mas a mãe não viu resultados e buscou conhecer mais a respeito da Língua de Sinais que utilizava sinais manuais para representar as palavras. A educadora que trabalhava com Jonas criticou duramente a mãe por buscar esse método.
Depois de muitas idas e vindas, Jonas é matriculado em uma escola de surdos que utilizava a Língua de Sinais, e ao perceber que as outras crianças possuem características iguais as suas, se comunicando entre si, ele se sente como uma "criança normal".

Texto retirado do blog: http://oficinadelibras.blogspot.com.br/2013/03/filme-e-o-seu-nome-e-jonas.html 


 


 



Jogo da Memória em Libras- Memolibras

Conhecendo os animais na Língua Brasileira de Sinais


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